Gosto da decoração de Natal, com suas luzes e cores, me enche de esperança e também de tristeza. Aquele blá-blá-blá e de estar com a família e a hipocrisia do "boa ação" e "Feliz Natal para todos" não é o que mais me seduz no Natal.
Estar com a família no Natal é fácil demais. Duro é aguentar a convivência diária, os problemas, atritos e rusgas que vêm do convívio familiar. Difícil é engolir os sapos, cobras e lagartos que sempre estão presentes quando o assunto é família, especialmente por parte dos agregados.
Por isso, não cobro almoços e ceias de Natal, presentes e outras coisas do gênero. Esse pieguismo é sem sentido. Mas não abro a mão de enfeitar a casa.
Gosto de preparar a guirlanda antecipadamente. Compro os enfeites, as fitas, bolinhas, sementes, reaproveito os antigos, enfim, o que a imaginação mandar e, numa tarde tranquila e sossegada ou uma noite após as crianças dormirem, preparo a minha guirlanda. Deposito em cada um daqueles enfeites as minhas esperanças para o próximo ano e o meu agradecimento por todas as coisas boas que recebemos no último.
É uma prece silenciosa, um momento de reflexão, de encontro e de fé, não apenas no Menino Jesus, mas em um Deus que nos guia e comprova a sua existência em cada momento de nossa vida.
De todos os enfeites, a guirlanda é o que mais adoro. Por isso, quando vi algumas fotos sobre guirlandas feitas a partir de materiais reciclados, não aguentei e resolvi postar, mesmo longe do Natal.
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